Consumo de proteínas cresce e se reinventa com novas gerações

O consumo de proteínas tem se transformado à medida que os consumidores brasileiros buscam mais saudabilidade e equilíbrio entre saúde e prazer. A crescente demanda por produtos proteicos reflete não apenas a busca por um estilo de vida mais saudável, mas também a adaptação das indústrias e do varejo alimentar a esse novo perfil de consumidor.

O novo momento do consumo de proteínas

O consumidor brasileiro está mudando — e rápido. Em meio à busca por saúde, praticidade e bem-estar, o consumo de proteínas tem se destacado como uma das maiores tendências de mercado, influenciando portfólios, varejo e até o comportamento de diferentes gerações.

Esse foi o tema central de um videocast promovido pela Vogler, com participação de Felipe Passarelli, Head de Inteligência de Mercado da Scanntech, Cido Bianchi, Gerente de Marketing da Arla Foods, e mediação de Camila Herreira.

Tendência global que impulsiona o consumo de proteínas

Segundo uma pesquisa da Arla com a New Nutrition Business, proteína animal foi apontada como a principal tendência de saudabilidade em 2024. Esse movimento global reflete diretamente no Brasil, onde a demanda por alimentos proteicos já aparece em sobremesas, panificados e bebidas.

“As pessoas estão mais conscientes sobre longevidade e bem-estar. Não é só o atleta que consome proteína — hoje é o consumidor comum que faz isso ao longo da vida inteira”, destacou Felipe, da Scanntech.

Saudabilidade e indulgência: o equilíbrio que move o consumidor

O apelo saudável se fortaleceu — mas sem abrir mão do sabor. “Produtos com dupla funcionalidade — saudáveis e indulgentes — estão em alta”, afirma Cido. Dados da Scanntech mostram crescimento expressivo de barras de proteína e iogurtes com sabores como chocolate, cookies & cream e doce de leite.

A cesta de saudabilidade cresceu mais de 17% no início de 2025, evidenciando que essa é uma realidade — e não mais uma tendência emergente.

Mudanças demográficas influenciam novos hábitos alimentares

Famílias menores, envelhecimento da população e moradias mais compactas estão transformando as formas de consumo. Produtos prontos para consumo, como refeições congeladas, pipoca pronta e sobremesas saudáveis ganham espaço.

Ao mesmo tempo, a praticidade se tornou um pilar: consumidores preferem alimentos de preparo rápido e, muitas vezes, substituem refeições por opções práticas e nutritivas, como shakes ou snacks proteicos.

Onde o consumo de proteínas mais cresce

A Scanntech revelou dados relevantes sobre o aumento da busca por proteínas em categorias como:

• Sobremesas proteicas

• Panificados enriquecidos

• Bebidas com alto teor proteico

• Alimentos alternativos ao tradicional (como ovos em substituição a carnes vermelhas)

Além disso, a procura por sucos e alimentos com fibras também aparece em alta, especialmente entre consumidores que usam medicamentos para controle de peso e buscam saciedade.

Varejo e indústria precisam acompanhar o consumidor

O cenário é desafiador, mas cheio de oportunidades. Para Felipe, da Scanntech, o papel dos dados é justamente simplificar a complexidade: “Nosso objetivo é entender o comportamento do shopper e criar ações hipersegmentadas com base em ocasiões reais de consumo”.

Já Cido reforça que as indústrias que anteciparam esse movimento de saudabilidade e funcionalidade já estão colhendo resultados com consumidores mais fiéis e engajados.

Proteína na rotina de um novo consumidor

Mais que uma tendência, o consumo de proteínas se tornou um hábito consolidado. Com consumidores exigentes, conectados e em busca de saúde com sabor, o desafio é entender seus diferentes momentos de consumo — e estar presente em cada um deles.

Como disse Cido: “A indulgência não pode ser deixada de lado. A proteína precisa ser saudável, mas também precisa ser gostosa”.

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