Tendências do varejo alimentar e o papel do FFLVO

Tendências do Varejo Alimentar e importância de FFLVO no Brasil

O varejo alimentar está em constante evolução. Recentemente, apresentamos no APAS Show 2025 um estudo com uma visão clara das tendências do varejo alimentar e importância de FFLVO no Brasil. Confira abaixo os principais pontos, e descubra onde focar sua atenção.

O Cenário Geral do Varejo Alimentar Brasileiro

O início de 2025 trouxe incertezas para o mercado, mas também sinais de recuperação. Embora a inflação de alimentos tenha desacelerado em abril, ela ainda permanece acima do índice geral.

No entanto, há sinais positivos nas vendas. Desconsiderando o efeito do calendário, o varejo alimentar registrou alta de 0,3% em unidades vendidas e 7,2% em faturamento entre janeiro e abril de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

A Força dos Perecíveis no varejo alimentar

Entre as principais tendências do varejo alimentar, destaca-se o crescimento da cesta de perecíveis. Comparando janeiro a abril de 2025 com o mesmo período de 2024, o faturamento da categoria cresceu 10,2%.

Essa cesta inclui produtos como FFLVO (frutas, flores, legumes, verduras e ovos), açougue, congelados, lácteos refrigerados, linguiças e salsichas, padaria, peixaria, rotisseria, sorvetes e sobremesas, que representaram 45,2% do faturamento do varejo alimentar em 2024.

Importância de FFLVO

A categoria de FFLVO, representa uma parte significativa da cesta de perecíveis, correspondendo a 23% do faturamento desta cesta. A composição do faturamento de FFLVO é dominada por Frutas (45,9%), seguida por Legumes (30,1%), Ovos (16,6%), Verduras (6,1%) e Flores e Plantas (1,3%).

No 1º Trimestre de 2025 (vs. 1º Tri/24), o volume voltou a ser o motor de crescimento para FFLVO, com uma variação de volume (sem efeito calendário) de 10,4% levando a um aumento de 1,9% no faturamento.

Qual o impacto de cada subcategoria em FLVO?

Cada componente do FFLVO tem suas particularidades de desempenho quando comparamos o 1º Tri/25 vs. 1º Tri/24:

• Frutas: Tiveram variação de 1,0% em preço/volume, 7,7% em volume e 8,7% em faturamento. A banana puxou a retração nos preços, enquanto maçã e laranja registraram alta. O consumo de frutas congeladas caiu, diferente de 2024, quando teve alta devido ao aumento dos preços das frutas in natura.
• Legumes: Apresentaram variação de 13,0% em volume, -25,6% em preço/volume e -15,9% em faturamento. Os legumes foram a maior influência na retração de preços de FFLVO, sendo batata o principal legume a contribuir para isso, com uma queda de -47,7% no preço.
• Verduras: Mostraram variação de -2,7% em preço/volume, 0,6% em volume e -3,3% em faturamento. Acelga/Repolho, seguido de brócolis/couve flor, são os únicos itens que retraem preços, enquanto as outras verduras aumentam.
• Ovos: Registraram variação de 15,8% em preço/volume, 5,2% em volume e 21,8% em faturamento, sendo a subcategoria de maior representatividade no faturamento da categoria de FFLVO. Vale destacar que mesmo aumentando o preço, o ovo ganha competitividade em relação às carnes. A variação de volume de ovos (+3,6%) foi superior à de frango (+3,4%), suíno (-5,6%) e bovino (-6,2%).
• Flores e Plantas: Tiveram variação de -4,7% em volume, 9,3% em preço/volume e 4,1% em faturamento. Flores e plantas voltam a crescer em faturamento a partir do 4º Tri/24, embora o preço tenha voltado a acelerar no 1º Tri/25. É uma categoria com muitas oportunidades sazonais e em 2024 teve outubro, por exemplo, como melhor mês de vendas, influenciado por datas como Outubro Rosa, Primavera e Dia dos Professores.

Por trás dos insights

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