Desempenho do varejo alimentar sofre impacto do clima

O desempenho do varejo alimentar brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2025 com alta de 5,8% no faturamento, impulsionado pelo aumento de 7,3% no preço médio por unidade. Apesar disso, o volume de produtos vendidos caiu 1,4% no acumulado do semestre, e o fluxo de consumidores recuou 0,4%, segundo o Radar Scanntech.

Clima impacta o desempenho do varejo alimentar nas vendas de junho

Junho marcou a maior retração do ano em unidades vendidas: 4,1% abaixo de junho de 2024. Com temperaturas mais baixas, caiu o consumo de categorias sazonais como bebidas, sorvetes e itens refrigerados.

Categorias mais sensíveis ao clima tiveram o maior impacto

Entre os produtos mais impactados estão cerveja, polpa de fruta, refrigerante e iogurte. Mesmo com queda na demanda, itens como a bebida vegetal registraram aumento expressivo de preço (+32,4%).

“O inverno mais rigoroso levou o consumidor a priorizar itens que tragam conforto térmico, reduzindo o giro dos produtos mais leves”, afirma Felipe Passarelli, Head de Inteligência de Mercado da Scanntech.

Perecíveis, mercearia básica e mercearia geral lideraram em faturamento. Em volume, apenas tabaco e produtos pet avançaram. A mercearia básica teve ainda o maior reajuste de preço no mês: +10,5%.

Canais de venda e desempenho do varejo alimentar por formato

Os atacarejos regionais registraram a maior queda em volume (-5,6%) e crescimento tímido em faturamento (+0,8%). Em contrapartida, supermercados com mais de 10 checkouts tiveram melhor desempenho: crescimento de 4,1% na receita e alta de 7,9% no preço médio por unidade.

Diferenças regionais

Entre as regiões, o Sul teve a maior retração em unidades (-5,8%) e o Norte apresentou o melhor resultado: menor queda em volume (-2,1%) e maior alta em faturamento (+5,6%). São Paulo liderou em reajuste de preços: +8,3%.

Confira uma matéria da SA+ Varejo realizada exclusivamente com base no Radar Scanntech.

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