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Retail
4 min

Varejo alimentar em agosto: queda em volume, alta em receita

Em agosto 2025 o varejo alimentar brasileiro enfrentou um mês de atenção. Apesar do faturamento ter crescido 2,5%, o volume de vendas apresentou queda de 4,4% em relação a agosto de 2024, refletindo o impacto do clima mais frio, menor fluxo de clientes e cestas de compras menores.


Bebidas lideram queda no varejo alimentar em agosto

A cesta de bebidas foi a principal responsável pela retração do consumo, com recuo de 7,3% em unidades e 1,3% em faturamento versus 2024. As bebidas alcoólicas responderam por 22% da retração total e as não alcoólicas por mais de 10%, reforçando o impacto do clima no desempenho da categoria.

A cerveja foi responsável por 18% da queda em unidades e o suco por 8%. Apesar disso, o refrigerante apresentou crescimento em faturamento, revertendo a sequência de meses de retração.  Leia a matéria na íntegra.


Biscoitos e chocolates continuam em retração no varejo alimentar

Biscoitos seguem em queda ao longo do ano, afetando a mercearia doce. Os chocolates também apresentaram retração em unidades vendidas, sem sinais de retomada em 2025.

Mesmo sendo um dos principais detratores em volume, o aumento de preços do chocolate contribuiu positivamente para o faturamento, mostrando que o consumidor prioriza produtos essenciais, equilibrando indulgência e orçamento.


Supermercados mais resilientes, atacarejo sofre maior impacto

Na análise por canal, os supermercados registraram queda menor em volume (-2,8%) e cresceram 4,4% em faturamento, mostrando maior resiliência.

O atacarejo foi o mais impactado, com retração de -7,2% em unidades e 0,9% na receita. O resultado é reflexo de tickets menores e menor comercialização de bebidas alcoólicas, além da redução das compras feitas por pequenos comerciantes e ambulantes, que compõem parte importante do público deste canal.


Panorama regional do varejo alimentar

Todas as regiões do Brasil registraram queda em volume, mas com intensidades diferentes.

  • Leste e Norte: maior retração em unidades.

  • Nordeste: queda moderada.

  • Sul e Sudeste: retração menor em volume, mas crescimento de receita sustentado pelos preços mais altos.

No Norte e Nordeste, categorias essenciais como arroz, feijão e legumes, além de bebidas como cerveja e suco, foram os principais responsáveis pela redução do consumo.


Impacto das tarifas dos EUA no varejo

Após a aplicação das tarifas norte-americanas, categorias impactadas, como carnes, frango e café, apresentaram queda de preço no mercado interno devido ao aumento da oferta. Isso tornou os produtos mais acessíveis ao consumidor, aliviando o orçamento no curto prazo.


Especial de Natal 2024 e aprendizados para 2025

O Radar Scanntech também analisou o período pré-Natal e do Natal de 2024:

  • Pré-Natal: vendas 21% acima da média semanal.

  • Semana do Natal: 15,7% acima da média semanal.

  • Bebidas tiveram ganho de 2,9 pontos percentuais de participação.

  • Panettones cresceram mais de 1500% no período.

Esses números indicam que datas sazonais, como Black Friday e Natal de 2025, serão estratégicas para recuperar parte da queda em volume.

Mesmo com crescimento, boa parte do resultado foi puxado pelo aumento de preços, e não pelo volume, reforçando a importância da gestão de sortimento e promoções.


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